Expedia Team, em November 25, 2015

Melhores destinos gay-friendly: entrevista com o pessoal do blog Viaja, Bi!

Desde que o blog Viaja, Bi! foi ao ar, ficamos com a vontade de fazer uma entrevista com os autores para saber quais são os melhores destinos gay-friendly pelo mundo. A oportunidade surgiu este mês e não é que o papo rendeu e surgiu uma série de dicas e informações superinteressantes?

Viajando com a Expedia: Quais são os melhores destinos gay-friendly?

Viaja, Bi!: No Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro se destacam, junto com Florianópolis. Mas outras cidades já começam a trabalhar o turismo LGBT com mais cuidado e cidades como Fortaleza, Salvador e Porto Alegre vêm ganhando essa nova visibilidade. Um dos nossos destinos mais acessados é Búzios e recentemente estivemos em Balneário Camboriú, onde também ficamos felizes com a boa receptividade. Fora do Brasil, como os mais receptivos, podemos citar São Francisco (EUA), Londres (Inglaterra), Berlim (Alemanha), Barcelona (Espanha), Buenos Aires (Argentina), Tel Aviv (Israel) e a Nova Zelândia como um todo.

San Francisco e a região da Califórnia em si, oferecem muitas atividades gay friendly
San Francisco e a região da Califórnia em si, oferecem muitas atividades gay friendly

Viajando com a Expedia: Quais são as festas, eventos ou festivais que todo mundo deveria conhecer antes de morrer?

Viaja, Bi!: Talvez a maior festa gay seja a Circuit, que rola em Barcelona e junta muita gente. A Parada Gay de São Paulo é uma das maiores do mundo e a de São Francisco, nos EUA, tem importância histórica, mas existem outros eventos gays pelo mundo durante todo ano. No blog temos um post com o calendário de eventos de 2015 e já estamos preparando o do ano que vem.

Viajando com a Expedia: Existe algum destino gay-friendly que ainda não foi descoberto? Algum segredo bem guardado?

Viaja, Bi!: Aqui pertinho de São Paulo, fomos conhecer Santo Antônio do Pinhal e nos surpreendemos positivamente. Também ficamos surpresos com a receptividade que a cidade de Brotas tem, pois nos trataram com total normalidade, tranquilidade e sem nenhuma indiferença. Temos a impressão de que algumas cidadezinhas do interior levantam a bandeira LGBT, mas continuam bem escondidinhas. Fora do Brasil, já ouvimos falar extremamente bem da Tailândia e de Tel Aviv, em Israel. Ainda não conhecemos nenhum dos dois, mas estão na nossa bucket-list.

Praia de Jaffa, em Tel Aviv: uma cidade que precisar entrar na lista de viagens
Praia de Jaffa, em Tel Aviv: uma cidade que precisar entrar na lista de viagens

Viajando com a Expedia: Como é viajar para um país ou destino assumidamente homofóbico? Quais países vocês não recomendam?

Viaja, Bi!: A gente procura evitar esses países por razões óbvias, por isso não visitamos nenhum país muito homofóbico, mas fizemos uma lista com os 20 países mais homofóbicos  que retrata, infelizmente, só uma parte deles. A Rússia anda se destacando nesse sentido, já que recentemente virou crime ser gay lá, e isso ainda é complicado em uma parcela considerável no mundo, mesmo no Brasil.

Fomos entrevistados por um jornal de Manaus e na página do Facebook deles tinham vários comentários homofóbicos horríveis no post que divulgava a matéria, então Manaus caiu na nossa lista de próximos destinos. Enquanto isso, alguns países (entre os quais a Índia e o Nepal me surpreenderam) já reconhecendo até o terceiro gênero, mas ainda há um longo caminho pela frente.

Tailândia: um destino bem eclético, com diversão garantida para o turista gay-friendly
Tailândia: um destino bem eclético, com diversão garantida para o turista LGBT

Viajando com a Expedia: Quais características mais chamam a atenção de vocês na hora de planejar uma viagem?

Viaja, Bi!: Entre a gente mesmo há diferenças. O Rafa é o mais mochileiro, ele gosta de ficar em hostel. Já as meninas preferem um quarto privativo mais tranquilo e não procuram points gays. O Fabio viaja com o noivo e gosta de viagens românticas, de se hospedar em bons hotéis e resorts.

O que podemos sintetizar é que somos todos viajantes que por acaso são gays ou lésbicas e que buscamos locais onde possamos ser nós mesmos sem olhares, comentários ou diferenciação em relação aos héteros. O Fábio fez uma matéria divagando justamente sobre o assunto e tentando entender e explicar quem é o viajante gay. No final das contas, o que realmente importa, é curtir a viagem em lugares que recebam a gente bem.