Expedia Team, em March 10, 2016

Curitiba de bicileta, conheça a cidade por um outro ponto de vista

Curitiba leva a fama de metrópole ecológica e não é por acaso. A capital do Paraná experimentou diversos planos urbanísticos tendo um cuidado especial com o meio ambiente que deram muito certo. Famosa pelas ruas largas e suas dezenas de parques e áreas verdes, a cidade está na lista das mais ambientalmente sustentáveis da América Latina.

E pensando assim, não poderia ter uma maneira mais saudável do que explorar toda essa beleza pedalando. Nesse caso, a experiência vai ser literalmente sob duas rodas, passando por bosques, parques urbanos e alguns dos principais cartões postais da linda Curitiba. Os cerca de 300 km de ciclovia que passam por boa parte dos 75 bairros da cidade é o melhor convite para essa aventura.

Reforçando sua reputação, a cidade foi também destacada internacionalmente como uma das 10 melhores do mundo para pedalar, tendo como referência o Plano Estratégico Cicloviário que inclui a construção de bicicletários em terminais de ônibus e a lei municipal que destinou 5% das áreas residenciais e comerciais para estacionamento de bicicletas.

as ruas de Curitiba
Foto: Luiz Costa/SMCS

Sem mais rodeios, confira os cinco roteiros para curtir e apreciar a capital paranaense de bike. Como sugestão, o ponto de partida será sempre o Passeio Público mas o roteiro pode ficar totalmente por sua conta. Lembrando que os mapas/guias dos percursos estão disponíveis em todos os postos de informações turísticas da cidade.

Roteiro Jardim Botânico – Nível I

O percurso de ida e volta tem cerca de 16km. O destino é o Jardim Botânico Francisca Maria Garfunkel Rishbieter – que vale um passeio, mas lá dentro só pode andar a pé. Ali do lado tem também o Velódromo de Curitiba para dar um rolê. Continuando sob duas rodas, siga para o Bosque do Capão da Imbuia, que abriga o Museu de História Natural. Em seguida, você pode, e deve, dar uma paradinha na Praça das Nações de onde se tem uma bela vista da cidade, antes de voltar para o ponto de partida.

ciclista no Parque São Lourenço
Parque São Lourenço – Foto:Cesar Brustolin/SMCS

Roteiro Parques e Bosques Norte – Nivel II

O ponto final dessa rota é o Parque Tingui. Nos mais de 17km no caminho de ida, você vai passar pelo Memorial Árabe e depois pelo Bosque João Paulo II – o memorial da imigração polonesa da cidade. Atrás do bosque está o belíssimo e moderno Museu Oscar Niemeyer. Pelas margens do bosque você vai chegar no Parque São Lourenço. Dali você tem duas alternativas: no sentido nordeste você pode visitar os Parques Barreirinha e das Nascentes do Rio Belém e voltar; ou seguir para a Ópera de Arame e a Pedreira Paulo Leminski – que forma o parque das Pedreiras (particularmente imperdíveis). A verdade é que as rotas são independentes e você pode sempre alterar de acordo com a sua disposição. Falando nisso, se tiver no pique, vale a pena seguir até o bairro Santa Felicidade e bater uma boquinha na região que é conhecida como polo gastronômico da cidade e referência dos imigrantes italianos.

Museu Oscar Niemeyer
Museu Oscar Niemeyer – Cortesia, Flickr/Creative Commons/Leandro Neumann Ciuffo/Via/https://flic.kr/p/jpcZBK

Roteiro Parque Barigui – Nível II

A saída é no sentido Largo Bittencourt onde você vai chegar à Via Calma – o único pedaço compartilhado por carros e ciclistas (fique atento) – e seguir até a Praça do Japão. Vale um descansada para admirar a arquitetura e as tradições orientais do lugar. Energias recarregadas, siga até a Fonte de Jerusalém, também conhecida como Fonte dos Anjos e termine essa rota no Parque Birigui. Fundado em 1972, o amplo espaço verde é perfeito para relaxar, curtir as paisagens e se inspirar para os outros cerca de 13km no caminho de volta.

ciclistas no Parque Barigui
Parque Barigui – Foto: Levy Ferreira/SMCS

Roteiro Parques e Bosques Sul – Nível III

Ao todo serão percorridos cerca de 36km. Aqui você também vai seguir na ciclovia até a Praça do Japão e passar pela Fonte de Jerusalém. Dali você vai continuar pelo Eixo de Animação – que possui várias quadras esportivas e espaço de lazer – até o Portão. Nesse roteiro você vai visitar o Parque Guairacá, onde vale a pena conhecer a Trilha das Águas Guairacá, que conta a importância da conservação da água, suas nascentes e banhados. Continuando pela ciclovia é possível chegar ao Parque Cambuí e observar as simpáticas capivaras que vivem por ali. Depois, até chegar ao Bosque do Trabalhador você vai passar por pequenos trechos sem ciclovia mas volta tudo ao normal em direção a Praça Zumbi dos Palmares, que também abriga o Memorial Africano.

Roteiro Zoo / Botânico – Nível III

Apesar de ser um dos roteiros mais extensos, são quase 40km ida e volta, o percurso é totalmente plano. Seguindo em direção ao cruzamento com a Linha Verde você pega a ciclofaixa que dá acesso ao Parque Municipal do Iguaçu e do Zoológico. A parada aqui é fundamental para curtir a vegetação de várzea e matas do Rio Iguaçu. Bem na entrada do Zoo tem os paraciclos para “estacionar” as bicicletas. Ah, fecha às segundas-feiras. E se você estiver fazendo o roteiro em um final de semana, aproveite para conhecer a rica flora do Bosque Reinhard Maack em algumas das trilhas a pé – que só funciona aos sábados, domingos e feriados. Para seguir até o Jardim Botânico o trajeto é um pouquinho mais movimentado, com áreas também sem ciclovia. Mas vale a pena conhecer as espécies botânicas que são referência no Brasil e passear pelos bosques do parque que preserva uma boa parte da mata de araucária em Curitiba.

Jardim Botânico de Curitiba
Jardim Botânico -Flickr/Creative Commons/jonathasmm/Via/https://flic.kr/p/sqzMUt

Nota: Se decidir descansar ou quiser parar de pedalar durante qualquer percurso, os ônibus double decker da Linha Turismo possuem bagageiros para bicicletas e você pode conferir os pontos de parada antes de sair para o passeio. Os hotéis em Curitiba também podem lhe ajudar com informações sobre os passeios.

Agora que você já sabe o que fazer durante o dia em Curitiba, confira aqui as opções da vida noturna na cidade.