Top 7 destinos imperdíveis para visitar na Europa durante a primavera
Não tem jeito: viajar para a Europa é sempre especial! Mas se você é do tipo que vive procurando a melhor ocasião para marcar a viagem, e tentando no meio disso aproveitar os preços de alta e baixa estação, fica a dica: visitar o velho continente na primavera é uma ótima pedida – e as flores da estação tem um pouco a ver com isso.

Como a primavera europeia fica entre os meses de abril e junho, ela cai em um período duplamente especial: os preços ainda não começaram a subir com a chegada do verão, mas as temperaturas sim, deixando o frio para trás. E não faltam lugares em que o tempo bom e a chegada das flores parecem transformar totalmente a paisagem, dando uma experiência totalmente diferente à viagem.
Fora isso, todo o astral muda quando o sol está de fora: as pessoas começam a sair às ruas, aposentar os casacões, aproveitar os biergartens, os parques, as atrações ao ar livre. Parece que todo mundo fica mais bem-humorado! Eu estou só amores com a primavera aqui – e separei algumas dicas de lugares que, tenho certeza, ficam lindos nessa época do ano e você vai amar também.
- Parque Keukenhoff, Holanda
Quem tem viagem marcada para a Holanda lembra de canais, bicicletas, museu do Van Gogh e… Tulipas! A flor é tão característica do país que as imagens de campos de tulipas coloridas com moinhos ao fundo é quase um ponto turístico que a gente sonha em acrescentar em nosso checklist quando vai para lá.

Mas a verdade é que a melhor época para vê-las, no auge das suas candy colors, é mesmo na primavera – e o melhor lugar para fazer isso de perto é o Parque Keukenhoff, que também só abre nessa época do ano.
As tulipas são as estrelas do parque, mas a composição dos jardins é um espetáculo à parte, e que esse ano ficou mais bacana ainda: com a comemoração dos 125 anos da morte do pintor Van Gogh, muitos dos jardins foram montados com autorretratos – ou, na linguagem de hoje, selfies – do pintor, feitas em flores. O parque fica em Lisse, mas é fácil ir e voltar de lá saindo de Amsterdam ou do aeroporto de Schipol.
2. Cotswolds, Inglaterra
Tantos reis e castelos ao longo da história deram à Inglaterra uma herança inusitada: os longos e bem trabalhados jardins, que faziam parte de muitas propriedades reais. Eles continuam preservados até hoje, e a chegada da primavera, com o desabrochar das flores, transforma literalmente a paisagem – a ponto de você poder ver uma cidade completamente diferente em um intervalo de apenas três meses.

Então, quem vai viajar para a Inglaterra nos próximos meses pode começar a ver a transformação nos parques de Londres, como Regent’s Park e Kensington Gardens (aqui já tem um roteiro em Londres especial para vocês).
Mas a experiência mais bacana, quase mágica, está em alugar um carro e ir conhecer Cotswolds, a duas horas da capital inglesa. A região é cheia de vales e pequenas montanhas, e é onde ficavam as pequenas fazendas produtoras de lã que abasteciam a nobreza da idade média. Com a proximidade com a capital, a região foi prosperando com o comércio, o que proporcionou a construção de grandes igrejas, casarões elegantes e vilarejos peculiares, todos de pedra e com um ar claramente medieval.
Passear por ali é uma delícia – e uma viagem no tempo. Prepare-se para ver pubs centenários, casarões cobertos de heras e pequenas ruas de pedra. Tudo é bucólico e delicioso, e a primavera, os dias claros, as flores e as temperaturas mais altas tornam o passeio muito mais agradável.
Dica: você pode alugar um carro e partir de Londres ou de Oxford. Vale a pena pernoitar em uma das cidadezinhas da região, como Stow-on-the-Wold ou Cheltenham, para aproveitar mais o clima da viagem sem ficar preocupado com o horário de voltar!
3. Budapeste, Hungria
Budapeste já assumiu há tempos o posto de cidade queridinha de muita gente que viaja pela Europa – e parte disso é mérito das pessoas de lá. A capital da Hungria é simpatia pura.

E, ok, ela é linda em qualquer época do ano, mas porque visitá-la na primavera? O principal motivo são os banhos termais, muitos deles que existem há séculos. O mais famoso é o Szechenyi Baths, mas são vários espalhados pela cidade, que não por acaso é conhecida como a “Cidade dos Spas”. E, com o final dos dias frios e a chegada de sol, uma piscina termal ao ar livre no meio da cidade é uma experiência e tanto!
Mas, fora da piscina, Budapeste está só começando. A cidade é deliciosamente cultural, e a chegada da primavera anuncia o início dos festivais, feiras gastronômicas na rua, dias longos ou simplesmente o clima ideal para caminhar pelas ruas de paralelepípedos de Buda enquanto a gente admira a vista linda do prédio do Parlamento Húngaro.
Mais um motivo: viajar para Budapeste sai mais em conta do que para muitas cidades na Europa.
- Sevilha, Espanha
Meu marido morou por seis meses em Sevilha, e, nas palavras dele, “não conheci nenhuma cidade tão arquitetonicamente bonita “. Se esse superlativo é uma constatação, eu não posso dizer, mas Sevilha tem mesmo esse quê apaixonante estampado nas praças, construções, torres, gastronomia…

E a primavera é a boa pedida: se Sevilha é meio gelada no inverno (as construções são charmosas, mas não são preparadas para proteger do clima como acontece nos países mais frios) e chega a ser um calorão só no verão, os meses de primavera são aquele “caminho do meio” simplesmente perfeito. É a melhor época para conhecer a cidade.
Aproveite a temperatura agradável para fazer tudo a pé e ao ar livre: comece na imponente Plaza de España e vá visitar o Alcazar, a Catedral de Sevilha e comer umas tapas no Barrio Santa Cruz. Sem falar, é claro, no flamenco: há apresentações de dança acontecendo toda semana em algum lugar, e o Museu de Dança Flamenca, que é imperdível!
- Sognefjorden, na Noruega
Se na Europa é fácil a gente encontrar fotos de cidades que mais parecem saídas de páginas de contos de fadas, poucos países têm paisagens que parecem ilustrar o mundo de O Senhor dos Anéis, por exemplo – e a Noruega é um deles. Fiordes imponentes, águas de cores escandalosamente bonitas (e absolutamente geladas!), renas simpáticas e um povo tão cheio de histórias ajudam a dar ares de sonho à uma viagem inesquecível.

Mas se o país é famoso pela neve, pela aurora boreal e pelo sol da meia-noite, é na primavera que as paisagens estão no seu momento mais bonito. A dica, aqui, é embarcar em um dos cruzeiros que partem da cidade de Bergen (que, aliás, é um fofura por si só) e subir a costa do país, ladeando de barco até chegar ao Sognefjorden, o mais largo fiorde da Noruega e o terceiro mais longo do mundo. Percorrer por dentro dos paredões de pedra já é uma experiência imponente, mas na primavera é possível ainda ver restos de neve nas montanhas ao fundo contrastando com a paisagem verde e viçosa, já com as flores desabrochando.
Eu fui no verão, quando a neve já tinha ido embora. Mas lembro que, quando estava lá, o comandante do navio contou que há registros que Tolkien, o autor de O Senhor dos Anéis, fez essa mesma viagem de barco na época, pouco antes de começar a escrever o livro – tanto que quem se lembrar da história sabe que há uma inegável influência nórdica na saga. E aparentemente, é na primavera que fica a curta janela de tempo para se visitar a Terra Média no seu modo mais bonito. 🙂
6. Paris, França
Se a frase “sempre teremos Paris” é uma verdade absoluta, ter Paris na primavera é como um presente. A cidade toda desabrocha em flores, os cafés parisienses começam a colocar suas mesas do lado de fora, os músicos de rua saem dos subterrâneos do metrô e a gente morre de amores com tudo isso. E Paris, que sempre foi a capital da moda e da beleza, sabe explorar o lado visual da primavera como ninguém.

O tempo bom é seu principal aliado, então pense nele na hora de decidir como serão seus passeios. Paris na primavera é para ser conhecida a pé e ao ar livre. Então, aproveite uma tarde para conhecer o Louvre sim, mas também reserve um tempo igualmente especial para ir aos jardins nas Tuileries, que são quase uma pintura por si só. E só para continuar no assunto “flores”, outro passeio imperdível é o Jardim de Luxemburgo – ou, melhor ainda, uma visita de um dia ao Palácio de Versalhes.
Outra dica: com o tempo bom, a fila para a Torre Eiffel aumenta de tamanho, de tempo e de chatice. Mas se você quiser uma alternativa de uma vista igualmente boa da cidade, vá para o topo do Tour Montparnasse para ter uma visão especial do Champs de Mars e da Torre Eiffel (melhor ainda se for lá pelo fim da tarde, para pegar um sol bem bonito!). Para deixar o momento ainda melhor, passe em um mercado qualquer antes e compre um champagne e duas taças. Acredite: a primavera e a vida serão muito bem comemoradas lá de cima!

E o mais importante: nada de pressa! Vá com seu roteiro pré-determinado, mas, se for na primavera, deixe espaço na agenda para se perder pelas ruazinhas e parques de Paris. Vai fazer toda a diferença na sua viagem.
- Perugia, Itália
Tive o prazer de ir mais de uma vez à Itália, tanto na primavera quanto no verão. E, mesmo tendo passado pelo combo Roma-Florença-Veneza, que são as cidades mais populares nos roteiros turísticos, foi na simpática Perugia que o meu coração bateu superforte.Perugia fica na Umbria, região que fica entre a Toscana e a capital, Roma, o que torna fácil viajar até lá se você vem de um lado ou de outro.

Só a chegada ao centro histórico da cidade já faz valer a pena: Perugia fica encarapitada em um morro, e muralhas medievais cercam a cidade e dão vista para um belíssimo vale lá embaixo. No centro histórico, lojinhas, restaurantes e hotéis charmosíssimos dividem o espaço com catedrais exuberantes e cheias de história (uma delas guarda como relíquia a suposta aliança de casamento de Maria, mãe de Jesus) e com a Galeria Nacional da Umbria, que guarda um dos mais impressionantes acervos de arte sacra italiana. Assim como Michelangelo em Florença, Perugia também tem seu pintor: Pietro Perugino, um dos mais importantes artistas da Renascença – ele chegou a trabalhar junto com Da Vinci e foi professor do pintor Rafael.
Mas, na primavera, a vida em Perugia acontece fora dos museus: e começa na mesa, com pratos à base de trufas negras, queijo pecorino, e presunto cru – produtos típicos da região e facilmente encontrados na capital, especialmente a partir de abril, quando começam as colheitas. Você também vai encontrar fazendas de agriturismo e vinhos de edição limitadíssima. Além disso, a cidade é considerada a capital do chocolate italiano (lembra do chocolate “Bacio”? Pois então, a empresa que produz fica na cidade e se chama… Perugina).
E, só para não dizer que não falei das flores: quem vai a Perugia na primavera tem altas chances de passar por campos de papoulas, que florescem por lá nessa época do ano. 🙂