Cores e formas no Grand Canyon
Depois de quase oito meses de viagem, finalmente chegamos aos Estados Unidos, nosso último país na América antes de enviar o carro para a Europa e seguir nossa volta ao mundo. Ainda em São Paulo, programando nosso roteiro, o Grand Canyon foi um dos primeiros lugares que veio à mente na hora de traçar a rota pelo país. Sempre que falávamos sobre ele, vinha aquela imagem dos desfiladeiros, das cores, sombras, e, claro, da sua imensidão. Não importa o caminho que fizéssemos nos Estados Unidos, estava decidido que faríamos uma visita a esse patrimônio da humanidade da Unesco.

A primeira surpresa ao chegar próximo do Grand Canyon, no norte do Arizona, é o seu tamanho. Segundo ouvimos, ele é tão extenso que mesmo do alto de um avião comercial não é possível ver suas extremidades – somente do espaço! Por conta disso, existem diversos pontos de partida para visitar esse Parque Nacional, e a entrada oeste (West Rim) talvez seja uma das mais utilizadas por quem vem de Las Vegas, uma vez que fica a menos de três horas de carro da cidade. De lá, também é possível optar por uma visita ao Grand Canyon de helicóptero; existem diversas empresas que oferecem o tour por um preço acessível. Se essa for sua opção, procure fazer o passeio no final da tarde, momento que a luz dourada do sol dá nova vida ao desfiladeiro, enchendo o parque de sombras e formas.

Contudo, como tínhamos uma certa flexibilidade de tempo, optamos por visitar a entrada sul do parque (South Rim), próximo à cidade de Flagstaff. O bacana é que todas as áreas do desfiladeiro tem infraestrutura para visitantes, mas o lado sul é, de longe, a área mais popular e melhor equipada para receber os turistas. É possível encontrar todos os serviços ao redor do parque, inclusive hotéis, e até um cinema IMAX que exibe uma produção da National Geographic para entrar no clima e saber um pouco mais sobre o parque.

Para quem preferir, também é possível se hospedar dentro do parque. Há também um ônibus para se locomover entre os principais pontos turísticos. Ficamos impressionados com a organização no Grand Canyon. Além de acessibilidade total, encontramos mapas e, inclusive, vimos uma ranger (guarda do parque) fazer uma palestra ali no meio da tarde contando um pouco mais sobre a história do local. Muitas crianças também estavam presentes e aquelas que tinham preenchido uma pequena apostila (entregue na entrada) com informações sobre o parque ganharam uma estrelinha de mérito.

Mesmo passando o dia todo no Grand Canyon, ainda ficamos com a sensação de quero-mais. Vimos um incrível pôr do sol de um mirante chamado Watch Tower e aproveitamos para esperar a noite cair e fotografar as estrelas.

Simplesmente fantástico!