Embora os minaretes e domos que se espalham pela cidade certamente sejam imensos e cativantes, a Cisterna da Basílica prova que também há muito há descobrir sob as fundações da grande Istambul. Lá, centenas de escuras cisternas bizantinas permanecem no mesmo lugar em que estavam nos dias da antiga Constantinopla. Nenhuma delas é tão conhecida nem tão grandiosa quanto a Cisterna da Basílica. No calor de um dia de verão, este "Palácio Subterrâneo" é um ótimo lugar para você se refrescar.

Construída pelo Imperador bizantino Justiniano no século VI, a Cisterna da Basílica foi usada para armazenar água para o Grande Palácio. Depois, ela foi mais ou menos esquecida pela cidade até a redescoberta de sua grandiosidade no século XVI. Após ter sido usada como lixão e até como local de desova de cadáveres, a cisterna passou a ter uma nova finalidade: abastecer de água o Palácio de Topkapi.

Deixe-se levar pela música ambiente e pela iluminação sugestiva enquanto caminha pelas passarelas elevadas, instaladas na década de 1990 para propiciar uma visão mais clara das escuras profundezas abaixo. Visite o café para tomar um lanche e chá à moda turca.


Embora hoje pareça muito distante de seu projeto e finalidade originais, a cisterna continua sendo um feito notável da engenharia. A escala em si já impressiona: 336 colunas de mármore numa uma área de 10.000 metros quadrados. A cisterna já chegou a armazenar mais de 80 milhões de litros de água, que eram bombeados por quase 20 quilômetros de aquedutos. Veja se consegue encontrar as colunas com as cabeças de Medusa voltadas para baixo, na parte de trás do lado noroeste.

A visita à Cisterna da Basílica, que fica na Praça Sultanahmet, na Cidade Velha, é uma chance de explorar algo diferente dos palácios, mesquitas e bazares que geralmente prevalecem nos passeios por Istambul. Os passeios pela cisterna não costumam durar mais que uma hora. Ela abre diariamente, e os estrangeiros pagam uma taxa de entrada. Há uma parada de bonde nas proximidades.